sábado, 27 de fevereiro de 2010

NOVO FIM


Parece que já somos predestinados, não?
Venho de uma classe social onde muitas pessoas com potencial ficam engavetadas, não demonstrando aos outros o que de fato são capazes.
Pessoas com muito conhecimento, vontade e bom desempenho no que executam.
Porque estas mesmas pessoas não conseguem algo melhor para suas vidas?
Será que estas, por não terem boas condições aparentemente financeiras, não acreditam que possam ter um fim mais digno?
Desejo para minha vida um final diferente dos demais.
Me espelho em pessoas sim, que são de classes humildes, contudo expressam através de suas atitudes o quanto são capazes de algo melhor construir.
Ah, eu quero mesmo me mostrar e esta bolha que separa pobres e ricos estourar, afinal não somos todos iguais?
Vejo todos os dias líderes políticos afirmando isso.
Será mesmo que temos as mesmas oportunidades que os demais ricos tem?
Se somos tão iguais como afirmam, o por que haver tanta desigualdade e quase nenhuma oportunidade?
Parece-me que os jovens e injustiçados não tem o poder da voz ativa.
Sinto informá-los, mas o governo de fato nunca irá nos ouvir se todos nós calados continuarmos.
Precisamos gritar e não aceitar o que a nós pode prejudicar.
Realmente não sei forjar e fingir que em uma sociedade igualitária vivo, isso pode me prejudicar, mas o meu fim eu sei que diferente será, porque continuarei da minha forma lutar.

SOUZA, Dayane.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SONHO, SERÁ?


Pois é, ainda tenho sonhos.
Quando paro e penso, noto que esta fase de contos ainda não passou.
Mas percebo o quão difícil será para cada sonho meu realizar.
Queres saber um desses tais sonhos? ah, não exito em falar!
Ainda espero aquele príncipe de branco, vindo cavalgando em um lindo dia de sol ao meu encontro.
Posso até senti-lo - tomando-me em seus braços e juntos saltamos em direção a nossa felicidade, só nossa.
Corremos como nunca para um campo, tão lindo este que nos parece algo criado - cenográfico eu diria.
E pelas margaridas mais amarelas que já vi em toda minha vida passeamos, e mesmo sem eu notar neste embalo de emoções, ele puxa-me. E a flor mais perfumada arranca e me dá.
Depois do dia maravilhoso, observamos sentados em uma pedra o pôr do sol, lindo como nunca havia percebido.
E, com o brilho do dia indo embora, notei que a magia que cercava-me outrora e também abraçava meu amado começara a sumir.
"Cadê? Cadê? Cadê?" pergunto-me.
O amado de minh'alma não poderia ir agora, "agora não!" eu digo.
As lágrimas sinto começarem a rolar no rosto meu. E de uma maneira estranha, - só quando chego a me molhar - é que sem entender caio em mim, e vejo que nada de real havia realmente acontecido.
Mas existia algo diferente desta vez, a flor que eu houvera recebido estava sobre meu colo.
O que poderia ter acontecido, afinal?
Será mesmo um sonho, realidade, ficção?
Será que sou um personagem? E meu papel sem brilho ficou e o diretor sem me consultar cortou?

SOUZA, Dayane.