
Eu poderia vir aqui, mais esta vez, e dizer milhões de coisas que caberiam a muitos, mas isto não mais importa a mim.
Vim falar do que ando sentindo, dos motivos e das maiores pulsações que cabem aqui.
Parei sentada nesta cadeira, notei-me um pouco confusa. Na verdade, acho que toda esta confusão já é resposta do que esse coração aqui anda sentindo.
Queria ao menos dizer aqui, o que tu provocas em mim, meu menino.
Faz-me ter vontade de ouvir tua voz, saber das tuas histórias mais banais, ir além e decifrar um pouco mais do teu "eu".
Estava seguindo na vida. Talvez estivesse apenas andando mesmo, no sentido mais literal da palavra, até observar-me presa em meus pensamentos. E estes, agora, costumam estar contigo.
Não é aquele tipo de paixão da juventude. Muito diferente disso.
É um sentimento meu que já nasceu maduro, é você.
Não provocou as reticências das dúvidas, os porquês das desconfianças, trouxe-me certezas apenas.
Chega dar gosto, ver-me com o sorriso mais bobo, com aquela ansiedade que não se pode conter, mas que mais sorrisos e suspiros provocam.
Eu andava com o coração descrente, sim, amor para mim não existia de verdade, ou a resposta dos desgostos fossem mesmo a distância do verdadeiro amor.
Mas as crenças mudaram, o Rei dos céus me trouxe você.
Um menino doce, que faz sorrisos fáceis formarem-se e estes formoseiam o meu rosto.
Inspira-me à poesia, tem sido a razão da escrita.
Visita os meus sonhos, faz-me ninar bem.
Tem uma essência do mundo dos contos, uma certa meiguice que faz-me lembrar da infância, coisa de menino e menina mesmo.
Resgatou em mim a doçura que talvez estivesse adormecida e como isso foi bom...
Não pude hesitar, nesta hora tu já dormes, mas a necessidade de declarar-te o quanto faz-me bem foi maior, é gigante até.
És o menino que eu levo no coração, e, quero ser tua menina também.
E, se, isto te parecer ainda frágil, entenda: é verdadeiro e puro tanto quanto o ar que eu respiro.
Sua menina linda...
SOUZA, Dayane.