terça-feira, 28 de setembro de 2010

UMA VIDA POR UM AMOR


Sem regras ou exceções, todos vivem por um amor, por emoções.
Precisamos sentir medo, frio na barriga, pulsação!
Em toda vida, procuramos um coração que nos saiba amar.
E assim, são noites e mais noites com a mesma canção;
Caminhos, percursos e estradas lembrando da mesma voz;
Gestos, perfume, cartas, relógio e sempre pensando em uma só pessoa.
Mas temos esta necessidade!
Tudo precisa ser por amor, por sofrimentos, por lágrimas, por tensões, por ciúmes, tudo por incertezas, por alegrias, por beijos, por abraços, tudo por olhares, por carinhos, por sorrisos, tudo por confissões, por segredos, por ombro amigo, por desentendimentos, por reconciliações, tudo por preocupações, por muitos MEDOS! Tudo, tudo pra te ter aqui!

SOUZA, Dayane.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O ENCONTRO


Te perco, te acho e me encontro.
Nossos momentos são badalados pelo mais lindo toque: o de nossos corações.
Nossa dança movida a emoção;
Nosso amor a paixão.
O encontro das almas é aqui, aqui dentro de mim.

SOUZA, Dayane.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SE...


Se o tempo parasse;
Se o vento calasse;
Se a folha caísse;
Se a chuva secasse;
Se o sol apagasse;
Se o caminho fechasse;
Se a estrada se abrisse;
Se a terra parasse;
Se a fome aumentasse;
Se a voz falhasse;
Se o amor terminasse;
Se o ódio aumentasse;
Se a noite brilhasse;
Se o dia escurecesse;
Se as montanhas aplanassem;
Se o relevo levantasse;
Se a dor surgisse;
Se a paz sumisse;
Se a tristeza viesse;
Se a alegria morresse;
Se a morte reinasse;
Se as vidas acabassem...
O que seria de nós?

SOUZA, Dayane.

EU SINGULAR ME VI PLURAL


Eu tão sozinha, tão calada, no canto, de lado, fechada, insegura, com medo, de olhos tímidos, voz trêmula, pernas finas, sardas e vergonha.
É, eu tão singular, tão única, tão eu mesma, notei-me pela primeira vez plural.
Plural como 2 e 2.
Eu que era 1 e às vezes 0 de tão sozinha.
No meio desta minha solidão me percebi maior, mais ampla.
O coração da menina que nunca amou de verdade; aquele mesmo coração singular, tem-se notado plural.
Às vezes conjugado e até mesmo flexionado.
O peito que apenas carregava o coração, agora passou a levar algo mais consigo.
Passou a carregar outro "eu", que és "tu".
Iniciou-se em mim, o processo que todos que dizem amar declaram.
Coração acelerar, peito a quase saltar, mãos suar, palavras sem saber formular.
Estas malditas e inexplicáveis sensações tem tomado posse de mim.
E fazem o sangue meu parecer correr dentro de mim, quando te vê!
Ah, par meu! Que me faz em 2, que partiu meu 1, que me fez plural;
Ah, som meu! Tu, que me faz em música, que traduz minha melodia, que me expressa em harmonia;
Ah, olhar meu! Que me perfura, me derruba, que me faz tremer;
Ah, beijo meu! Que me faz sonhar, louca ficar, me faz aquecer;
Ah, toque meu! Que me faz sentir, me faz sensível, que me deixa voar;
Ah, corpo meu! Que me fez plural, que dobrou-me em 2, que me fez partir;
Ah, céu meu! Que me fez amar, que me faz pulsar, que me fez existir, surgir, sorrir;
Meu plural, tu me fez você, que se tornou eu, que passou a ser nós, e que nunca mais me deixará a sós.

SOUZA, Dayane.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

MOTIVO DA MINHA CANÇÃO


Jesus, meu único motivo!
És a minha canção;
O meu som;
O meu tom;
O meu tempo;
O meu ritmo;
O meu compasso;
A minha harmonia;
A minha melodia;
A minha pausa;
A minha nota;
A minha fermata;
A minha clave;
A minha barra de fim.

SOUZA, Dayane.

terça-feira, 18 de maio de 2010

CORES


Há um motivo maior para eu sorrir, para as cores de minha vida existir.
Confesso, existiram momentos que pensei que as tivesse perdido.
Mas certas coisas foram capazes de responder a perguntas que fiz somente a mim.
E a reposta me provou que sim, todos somos cores.
Uns cinza quando triste, outros vermelhos quando apaixonados e verdes quando esperançosos.
As cores estão em mim e fazem com que eu transpareça suas luminosidades.
Elas trazem alegrias aos meus dias tristes, frios.
São capazes de fazer a mais triste criatura, alegre ficar a um lindo arco-íris olhar.
As suas misturas, contrastes, brilhos tornam tudo mais especial.
E as paisagens que vemos constantemente, ou aquelas mesmas que pintamos em quadros, não continuam sendo mais tão banais, depois que começamos a reparar em cada cor das pinceladas dadas.

SOUZA, Dayane.

DESPEÇA-SE LOGO


Vá embora, suma, desapareça!
Não deixe que meu coração crie raízes, que nasça um sentimento que não tens a intenção de suprir a falta.
Corra, fuja, deixe-me!
Não fique por perto, não mais teus olhos quentes e falantes quero olhar.
Diga tchau, adeus!
Permita-me colocar um ponto final nesta história toda.
Retire-se, cale-se!
Não mais quero ouvir a voz que em mim quer entrar e fazer morada.
Escute-me, por uma só vez!
Quero agora viver sem esta enorme dor no peito ter.
Afaste-se, distancie-se!
Pacto algum contigo quero ter.
Banhe-se, tire este teu suave pefume!
Não mais o cheiro suporto sentir.
Despeça-se logo, permita-me tentar existir sem te ter aqui.

SOUZA, Dayane.