
Meu amor, és meu avesso, te conheço. A minha moldura masculina, o meu brilho na noite vazia.
És o que falta em mim. A tua essência dá-me saudade.
Não sei se com palavras te fizeram sofrer, ou com ações te magoaram o coração.
Mas eu te chamo, mais essa vez!
E chamo com vigor, amor. Para que não me escapes, nem fujas de mim.
Eu sinto deste lado de cá, que estás a sofrer. E mais ainda, sei que é estranho sentir e saber destas coisas.
Mas tua voz, fala em mim. Tua voz.
E eu não sei o porquê, mas ando sentindo o amargo do teu peito e chorando no meu leito as tuas lágrimas, tuas dores.
Que tentam este sorriso teu apagar.
Ando incomodada com a tua aflição, tua confusão. E quero fazer-te acalmar.
Bem meu, quero adormecer teus medos, não suporto ver sofrimento.
E quando estiveres cansado, acariciar, e do mundo e dos perigos, proteger-te apenas.
Sabes que ando com a mente na lua, estou querendo aproximação das estrelas, necessito cada vez mais daquilo que ainda alivia tua falta.
Meu anjo!
Não camufle nas vergonhas, tua coragem!
Temes o que? Espanta-te com que? Eu estou aqui, ainda estou.
O que eu temo? O que pode me atormentar? A tua ausência, nos períodos do tempo.
Não consigo explicar, embora muito já tenha tentado, o que explode aqui dentro.
Insisto em tentar, sou ferida que o tempo cicatrizou. Sou todas as sensações e as vontades tuas. Sou teu 'eu em mim'.
E especialmente, quero muito que saibas, que se eu pudesse mudar toda essa história, eu não o faria jamais.
Para todos os medos e para a escuridão: sorria apenas, "sorria para mim."
SOUZA, Dayane.