
Pois é, ainda tenho sonhos.
Quando paro e penso, noto que esta fase de contos ainda não passou.
Mas percebo o quão difícil será para cada sonho meu realizar.
Queres saber um desses tais sonhos? ah, não exito em falar!
Ainda espero aquele príncipe de branco, vindo cavalgando em um lindo dia de sol ao meu encontro.
Posso até senti-lo - tomando-me em seus braços e juntos saltamos em direção a nossa felicidade, só nossa.
Corremos como nunca para um campo, tão lindo este que nos parece algo criado - cenográfico eu diria.
E pelas margaridas mais amarelas que já vi em toda minha vida passeamos, e mesmo sem eu notar neste embalo de emoções, ele puxa-me. E a flor mais perfumada arranca e me dá.
Depois do dia maravilhoso, observamos sentados em uma pedra o pôr do sol, lindo como nunca havia percebido.
E, com o brilho do dia indo embora, notei que a magia que cercava-me outrora e também abraçava meu amado começara a sumir.
"Cadê? Cadê? Cadê?" pergunto-me.
O amado de minh'alma não poderia ir agora, "agora não!" eu digo.
As lágrimas sinto começarem a rolar no rosto meu. E de uma maneira estranha, - só quando chego a me molhar - é que sem entender caio em mim, e vejo que nada de real havia realmente acontecido.
Mas existia algo diferente desta vez, a flor que eu houvera recebido estava sobre meu colo.
O que poderia ter acontecido, afinal?
Será mesmo um sonho, realidade, ficção?
Será que sou um personagem? E meu papel sem brilho ficou e o diretor sem me consultar cortou?
SOUZA, Dayane.