quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ESTÁ QUASE NO FIM


Arregace as mangas, coloque suas mãos no arado.
Está preste o fim, a luz já brilha.
Podes ver o seu alumiar?
Ela está no final de tudo e acenderá.
Não é hora de desistir, de negar.
É pouco o combustível, a luz clama o apagar, mas me assopre antes, ajude-me!
Arranque fôlego do peito e permaneça-me acesa.
Um ponto de luz em meio à escuridão, consegue aos mais distantes prender a atenção.
Não deixe chegar o meu fim, assopre seu fôlego em mim.
Faça-me queimar o que está ao me entorno, chegue mais e sinta o calor.
Há fogo, uma fumaça que sobe até as alturas e esvai-se na escuridão.
Mas não desista de mim, está quase no fim.
Renove-me mais uma vez, não deixei-me apagar e sumir.
Ainda existe pouco de mim, junte o derretido e reconstrua-me enfim.
Quero muito para ti ainda brilhar, não desista agora, não esqueça de mim.

SOUZA, Dayane.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MAIS UMA NOITE PARA COLEÇÃO


Sinto o gelado aqui fora.
Abre a porta, deixe-me entrar e ficar.
As cores do mundo aqui estão cinza, até quando?
O mundo gira e para comigo sempre na dor, pavor!
É difícil entender, não dá para assim viver.
Angústia ao deitar, medo ao sonhar.
Um querer experimentar bloqueado, que causa um peito corroído.
Isolei-me do mundo e das demais emoções.
Não foi pedido feito, foi atitude tomada.
Mas agora penso estendê-la até a ti também.
Tenho medo da dor e da saudade.
De fazer a escolha errada e tornar a vida infeliz para o sempre.
Mais uma noite escura, onde a voz se embarga um pouco e a palavra sobe à garganta.
O temor ao pensar, dor ao lembrar.
Preciso de apoio, uma mão.
É tudo tão frio aqui. Podes sentir?
É tanta precaução, esquivo às vezes.
Tenho medo de exilar-me do mundo e não achar mais possibilidades para existir e fazer morada sem a felicidade!
Eu ainda não posso dizer nada além do que foi dito, mas muito já revelei.
Faz falta aqui, deixa a noite assim... escura.
Nesse silêncio, a melodia cresce e procura em mim lugar.
As notas soam bonito e conseguem arrepiar este meu ser.
Eu não imaginava que poderia novamente sentir o que arde aqui.
E não entendo porque queima o coração!
A chama quer invadir o resto do corpo, mas não consegue.
Faz uma enorme falta, e faz-me olhar para este céu agora e sonhar também.
Quem sabe no amanhã?
Sinto uma inquietação, que sacoleja as emoções.
Um frescor fora de época e limitado ao meu eu.
E quando não estás aqui, faz frio sim, torna-se inverno em mim.


SOUZA, Dayane.

domingo, 15 de janeiro de 2012

VOCÊ COMIGO


Não adianta dizer-me palavras, se teu olhar as nega e diz-me que queres ficar comigo.
Eu passei um dia bom, mas apesar das minhas alegrias notava-me constantemente presa em ti.
Estava do lado de cá, querendo estar perto. Acreditas nisso?
Eu ando poetisa, as palavras não bastam-me mais. E o que mais quero é pará-las de escrever realmente - não por capricho ou falta de vontade, deixe-me explicá-lo -, para deixar um pouco o subjetivo e sentir na pele o real.
A minha mente pequena não desembaraça algumas vírgulas: o porquê de pensar sempre em ti, de alegrar-me com a tua fala apenas, de imaginar os abraços teus em mim, sonhar com a tua presença e também em sonho fazer-te feliz.
Costumo ter boas palavras para tudo, tudo mesmo - não é pretensão minha.
Mas essas mesmas junções de consoantes e vogais que fazem sentido, mostram-me a mim que, por vezes, são sim escassas.
Poucas, porque por meio delas nem sempre consigo fazer-te notável o que sinto, ou consigo?!
Tenho vivido nestes dias querendo mesmo quebrar um pouco as regras, os tabus, as normas impostas e as leis.
Quero gritar a ti, E QUE O MUNDO INTEIRO ESCUTE, o que sinto aqui.
(Tarefa árdua esconder o que todos percebem.)
É uma pergunta daqui, outro curioso querendo saber de meu amor ali... e você ainda aí, sem mim.
Andam dizendo que sofro, ou melhor vivo, de paixão. Mas somente um leigo de natureza não entenderia que falo de amor, de nós.
Eu não sei mais como dizer, sinto apenas que sou parte tua, és parte minha.
E não acreditava que num primeiro instante pudesse amá-lo assim. E após a cada segundo pudesse querer-te mais aqui, fazendo-me desenhar sorrisos e mais sorrisos.
Tu és comigo em todos os momentos, mesmo sem saberes, nem perceberes, sem notares, nem imaginares.
És minha companhia - mais bela - nos dias inteiros e jamais poderá haver - para mim - melhor presença do que a tua.

SOUZA, Dayane.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

REI DO MEU CORAÇÃO


Amo-te intensamente
Amo mais que a mim
Amo-te nos dias de chuvas contantes
Nos brilhos solares mais quentes também
Amo-te quando repreende os atos meus
Quando diz a mim que sou Tua, que cuidas de mim
Amo-te por ter conhecido Tua essência
Ver-te até mesmo de olhos fechados
Amo-te pelo que és
E por me amares demais agradeço-O
Amo-te porque nas noites de lágrimas, Tu, as colhe
Nos momentos de sorrisos, faz-me saber que a alegria é proveniente de Ti
Amo-te porque por mim negou-se a Si mesmo
Ausentou-se do Seu trono de glória, desceu a terra dos viventes por mim
Amo-te porque de modo tão terrível e maravilhoso fui esculpida a dedos
E por Tuas mãos fui formada dia a dia, quando ainda era informe e não conheciam-me
Amo-te pela a vida inteira
E sei que amor como esse eu hei de não encontrar jamais
Amo-te e declaro isso ao mundo
És o amor mais puro, o mais lindo que existe
Amo-te na tristeza da minha alma
E muito mais na felicidade do meu coração
Amo-te por cuidares de mim
Me fazendo repousar no colo Teu
Amo-te quando também sinto a Tua mão forte, segurando a minha fraca
E levantando-me do deserto de tribulações
Amo-te pois sem hesitar entregaste o Teu espírito
E nunca mais conheci um amor assim, como o Teu por mim
Amo-te pelas incontáveis e destemidas vezes que agiste em meu favor
E sem poupar-Se nas guerras ferozes entraste, e por amor de mim, venceste
Amo-te e as palavras são poucas para expressar-Te o quanto este pequeno coração admira-O
E dizeres a Ti, com palavras fiéis, o que És e o que representas para mim
Amo-te eternamente
E este amor eu hei de cultivar a cada instante e irei vê-lo crescer em mim, por amor de Ti
Amo-te e nunca mais amarei alguém assim
Até o fim, és o Rei do meu coração, JESUS.

SOUZA, Dayane.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MEU AMOR DO VERÃO


Meu amor do verão
Amor com sabor de mar
Gosto de sal
Pitada de sol
Com emoção do irreal
Felicidade dos sonhos
Magia e encanto das praias
Meu amor do verão
Amor que não sei se vou poder continuar a amar
Mas já usufrui
Tem gosto de quero mais
Sabor de amor
Meu lindo amor do verão
Que nos sonhos me fez brincar
E novamente pudi alguém amar
Mas o tempo já passa, e o amor pode está passando também
Meu amor do verão
Que talvez nas próximas férias eu venha encontrar
E de uma maneira melhor também amar
Para que aqui do meu lado permaneça a ficar
Meu amor do verão
Não queria que fosses só mais um amor...
Mas a vida quer te levar de mim
Levar minha história de verão
Meu amor das férias de sol...

SOUZA, Dayane.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DESABAFO


Minhas palavras baratas, que de lágrimas são regadas.
Oscilam numa noite em felizes escritas e numa próxima manhã em amargas e ríspidas rabiscadas.
Minhas palavras baratas, que aos leitores dizem comover, mas que são incapazes de fazê-los entender, o que é preciso mudar (o curvilíneo e incerto na vida).
Minhas palavras baratas, que não servem se quer para tocar, fazem somente a mim a angústia exalar.
Minhas palavras baratas, que corroem o peito meu, provocam até ruídos do coração temeroso, fazem-no navegar nas amarguras que o banham.
Minhas palavras baratas, que por vezes como escape funcionam, fazendo-me aliviar a pressão que borbulha aqui.
Minhas muitas palavras - ruins - baratas, minhas, minhas e de mais ninguém.

SOUZA, Dayane.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

LEMBRANÇA


Eu poderia vir aqui, mais esta vez, e dizer milhões de coisas que caberiam a muitos, mas isto não mais importa a mim.
Vim falar do que ando sentindo, dos motivos e das maiores pulsações que cabem aqui.
Parei sentada nesta cadeira, notei-me um pouco confusa. Na verdade, acho que toda esta confusão já é resposta do que esse coração aqui anda sentindo.
Queria ao menos dizer aqui, o que tu provocas em mim, meu menino.
Faz-me ter vontade de ouvir tua voz, saber das tuas histórias mais banais, ir além e decifrar um pouco mais do teu "eu".
Estava seguindo na vida. Talvez estivesse apenas andando mesmo, no sentido mais literal da palavra, até observar-me presa em meus pensamentos. E estes, agora, costumam estar contigo.
Não é aquele tipo de paixão da juventude. Muito diferente disso.
É um sentimento meu que já nasceu maduro, é você.
Não provocou as reticências das dúvidas, os porquês das desconfianças, trouxe-me certezas apenas.
Chega dar gosto, ver-me com o sorriso mais bobo, com aquela ansiedade que não se pode conter, mas que mais sorrisos e suspiros provocam.
Eu andava com o coração descrente, sim, amor para mim não existia de verdade, ou a resposta dos desgostos fossem mesmo a distância do verdadeiro amor.
Mas as crenças mudaram, o Rei dos céus me trouxe você.
Um menino doce, que faz sorrisos fáceis formarem-se e estes formoseiam o meu rosto.
Inspira-me à poesia, tem sido a razão da escrita.
Visita os meus sonhos, faz-me ninar bem.
Tem uma essência do mundo dos contos, uma certa meiguice que faz-me lembrar da infância, coisa de menino e menina mesmo.
Resgatou em mim a doçura que talvez estivesse adormecida e como isso foi bom...
Não pude hesitar, nesta hora tu já dormes, mas a necessidade de declarar-te o quanto faz-me bem foi maior, é gigante até.
És o menino que eu levo no coração, e, quero ser tua menina também.
E, se, isto te parecer ainda frágil, entenda: é verdadeiro e puro tanto quanto o ar que eu respiro.
Sua menina linda...

SOUZA, Dayane.