
Minhas palavras baratas, que de lágrimas são regadas.
Oscilam numa noite em felizes escritas e numa próxima manhã em amargas e ríspidas rabiscadas.
Minhas palavras baratas, que aos leitores dizem comover, mas que são incapazes de fazê-los entender, o que é preciso mudar (o curvilíneo e incerto na vida).
Minhas palavras baratas, que não servem se quer para tocar, fazem somente a mim a angústia exalar.
Minhas palavras baratas, que corroem o peito meu, provocam até ruídos do coração temeroso, fazem-no navegar nas amarguras que o banham.
Minhas palavras baratas, que por vezes como escape funcionam, fazendo-me aliviar a pressão que borbulha aqui.
Minhas muitas palavras - ruins - baratas, minhas, minhas e de mais ninguém.
SOUZA, Dayane.
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