terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SENTIDO DA VIDA


Toda esta ventania que passa por mim agora, já te cobriu outrora.
O que corre pelo ar, o que deixa ser levado, mudado de posição.
Há de ter leveza, uma essência pura para elevar-se, saltar, deixar o que envolve tomar conta.
Tem que seguir a direção do vento.
Ir do sul ao norte, do leste ao oeste.
Talvez não caminhar nestes sentidos, mas deixar o que está por dentro viajar, mudar dia a dia o rumo, percorrer caminhos diversos, descobrir beleza no novo.
É necessário sentir prazer, prazer ao olhar uma boa paisagem, ao sentir gosto do orvalho da manhã, ao ouvir o sutil barulhinho "plin plon" da chuva, ao bobear-se com o por do sol que faz a mente viajar.
O sentido da minha vida mudou, a direção reverteu.
Estaria, sem perceber, indo contra a felicidade, contra à razão da existência.
Mas aqueles mesmos ventos do princípio, que trouxeram-me alívio e frescor, desviaram-me das direções distintas.
Posicionando-me aqui, no agora.
Estes ventos, que percorrem os 4 cantos do mundo, que causam catástrofes, desastres, trazem também calmaria, paz e brisa. E me fizeram agora, lutar contra sua força.
Correr atrás do que pode me fazer feliz, do que preciso.
E dá mais força para ir além, em busca da divisão tênue - pouco espessa - da minha alma.
As incontáveis, e já, ilembráveis voltas que dei, hoje já não importam mais.
O sentido da vida estabeleceu-se quando encontrei minha bússola, quando ela começou a girar para sinalizar a direção certa a seguir.
E a direção certa que digo agora, não refere-se ao sul, norte, leste ou oeste.
Refere-se, apenas, a estar em quaisquer lugar acompanhada do meu ponto de repouso e paz.

SOUZA, Dayane.

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